segunda-feira, 27 de abril de 2020

RELAÇÕES INTERPESSOAIS NA INFÂNCIA

As relações interpessoais são essenciais para o desenvolvimento da criança, pois
trazem oportunidades para que ela se constitua como sujeito singular, e para que se socialize, aprenda e cresça.

A família é o primeiro lugar de interação da criança, e também seu primeiro ambiente
de desenvolvimento. É muito importante a relação família/escola no desenvolvimento
infantil, pois o ambiente escolar juntamente com a família tem o dever de saber lidar com os diferentes valores, atitudes e conflitos, de ordem familiar e escolar.

A relação de parceria entre o professor e a escola é importante para que a criança se
sinta integrada ao grupo familiar e ao grupo escolar. O vínculo professor-criança deve trazer segurança para a criança, possibilitando o desenvolvimento de habilidades (cooperação, percepção, confiança, entendimento, etc.). O educador deve agir como mediador, e interagir junto com a criança, instigando sua forma de brincar e sua compreensão de mundo.

A interação entre crianças, nas , são momentos de profundo desenvolvimento, pois despertam diversas percepções e ações, como cooperação, imitação, representação, disputa e brigas, e também é uma forma de expressar seus sentimentos e emoções.

Todos esses modos de interação produzem aprendizado, seja no ambiente familiar ou
escolar,contribuindo na construção da identidade e autonomia, e para um melhor
desenvolvimento afetivo e social da criança.

“Por meio da educação, a criança vai se reconhecer como membro vivo do
todo”.
 Friedrich Froebel

A IMPORTÂNCIA DO CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

É possível encontrar diversas definições de currículo. Algumas destacam o conjunto
de conhecimentos adquiridos pelo aluno, outras os conteúdos e disciplinas a serem
trabalhados tendo como objetivo determinadas metas. Saber o que deve ser ensinado é fundamental para o planejamento do currículo.

De acordo com Reis (in Piletti) “atualmente currículo é tudo que acontece na vida de
uma criança, na vida de seus pais e professor. Tudo que cerca o aluno, em todas as horas do dia, constitui matéria para o currículo”. O currículo deve estar sempre em construção, deve acompanhar as transformações e demandas de cada aluno e da e escola, ele é responsável pela transmissão de conhecimento, e deve ser planejado de forma que possibilite o aluno alcançar a aprendizagem.

É de suma importância um bom planejamento do currículo, pois é através dele que se transmite conhecimento para as crianças. O currículo requer a organização de vários elementos, entre eles: disciplinas, conteúdos, atividades, pesquisas, discussões, dinâmicas, técnicas e recursos, a fim de estimular a criatividade, curiosidade e espontaneidade da criança. Para uma educação de qualidade, também é fundamental incluir atividades lúdicas na elaboração do currículo, como jogos, brincadeiras, artes e literatura infantil.

O currículo da educação infantil auxilia no desenvolvimento integral da criança, não só em relação ao aspecto cognitivo, mas também na construção de sua identidade, na formação de cidadãos capazes de levar os aprendizados e vivências para seu
cotidiano fora da escola.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

A IMPORTÂNCIA DE SE ESTIMULAR A PERCEPÇÃO VISUAL

Uma boa discriminação visual auxilia a criança a se desenvolver satisfatoriamente, apresentando uma visão periférica, percepção da profundidade, relação entre objetos em movimento, considerar a distância entre objetos, percepção entre esquerda e direita, etc.

Segundo Braun (1986) discriminação visual é a "capacidade de comparar objetos, identificando semelhanças e diferenças de detalhes; prepara para posterior fase da discriminação de símbolos abstratos; diferença entre letras, palavras, etc. É mais fácil perceber o que é diferente do que aquilo que é semelhante".

 Fonseca (2008) define discriminação visual como sendo a distinção entre figuras, letras, formas, números, etc., classificando-as; e considera percepção visual a capacidade de percepção, interpretação e integração do que os olhos veem.
Sem essa percepção a criança pode apresentar dificuldades no processo de alfabetização, pois não consegue manter a direção dos olhos, o que pode acarretar em pular frases ao ler, confundir letras como d e b, f e t, h e b, etc., leitura lenta e muitos erros ortográficos.

Por isso é muito importante que a estimulação da percepção visual aconteça desde a mais tenra idade. A educação infantil é um ótimo espaço para que as crianças sejam estimuladas de forma lúdica e prazerosa.

Abaixo temos uma sugestão de atividade para estimular a discriminação visual:




Fonte do texto: Catálogo "Os desafios da Escola Publica paranaense na Perspectiva do Professor PDE - Produções Didático Pedagógicas Volume 2, edições de 2008 e 2014.

Vídeo de Ariane Elias, aplicação em aluna.

segunda-feira, 20 de abril de 2020

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA - TEA

Autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que compromete significativamente as áreas de interação social, comunicação e comportamento. Na 4° edição do DSM (Manual Diagnóstico e estatístico de Transtornos Mentais) de 1994 o autismo permanecia como um dos transtornos globais do desenvolvimento, já na 5° edição a mudança foi significativa, foi criada uma nova categoria mais abrangente, e no lugar de Transtornos Globais do Desenvolvimento, ou seja, o DSM agrupou os 5 transtornos existentes (Transtorno global do desenvolvimento, Síndrome de Rett, Síndrome de Asperger, Transtorno desintegrativo da infância, Transtorno global do desenvolvimento sem outra especificação)  em um único, chamado agora de Transtorno do Espectro Autista, representado pela sigla TEA.

Algumas características desse transtorno são:
  • Prejuízos na comunicação oral e não verbal;
  • Dificuldades sociais
  • Dificuldades em compreender expressões faciais de sentimentos e afetos;
  • Comportamentos estereotipados;
  • Interesses limitados;
  • Dificuldades em mudanças de rotina.
Algumas dificuldades que influenciam o desenvolvimento escolar:
  • Dificuldades de aprendizagem;
  • Dificuldades nas habilidades básicas;
  • Pensamento simbólico limitado;
  • Dificuldades para imaginar e elaborar fantasias, organizar o tempo e desenvolver atividades de forma espontânea;
  • Dificuldades de entendimento das normas sociais (fazer saudações, fazer perguntas, esperar a sua vez);
  • Não compreendem frases com duplo sentido, brincadeiras, linguagem, metafórica;
  • Dificuldades em estabelecer relações de amizade e afeto.
  • Não interpreta textos.
O indivíduo com TEA na escola:
  • A escola deve auxiliar na inclusão de todas as crianças na sociedade. Estratégias devem ser elaboradas tendo em mente as necessidades individuais desse aluno;
  • O currículo deve potencializar o desenvolvimento integral do aluno, a sua aprendizagem e a capacidade de conviver de forma produtiva e construtiva na sociedade;
  • As adaptações curriculares devem ser elaboradas levando em consideração os objetivos a serem alcançados, critérios e procedimentos de avaliação, a partir da necessidade específica de cada aluno;
  • As ações docentes devem ser cuidadosamente fundamentadas em critérios : "o que o aluno deve aprender? Como e quando aprender? Como e quando avaliar esse aluno?
Sobre tratamento:
 Teixeira (2016) destaca 15 principais intervenções utilizadas no tratamento do transtorno do espectro autista:
  • Orientação familiar e psicoeducação;
  • Enriquecimento do ambiente;
  • Medicação;
  • Terapia cognitivo-comportamental;
  • Treinamento em habilidades sociais;
  • Método ABA;
  • Fonoaudiologia;
  • Terapia ocupacional;
  • Terapia de integração sensorial;
  • Método TEACCH;
  • Método PECS;
  • Método Floortime;
  • Mediador escolar;
  • Esportes;
  • Grupos de apoio.

Sobre o tema, Mello (et al, 2013) explica que a intervenção para as pessoas com TEA, deve ser guiada por objetivos mensuráveis que permita avaliar os resultados. Para o autor, o trabalho multidisciplinar no tratamento de pessoas com autismo envolve profissionais de diversas áreas como fonoaudiologia,psicologia, fisioterapia, pedagogia, psiquiatria, terapia ocupacional e entre outros.

Sabe-se que hoje algumas técnicas comportamentais e educacionais trazem benefícios, uns grandes números de casos apresentam níveis de recuperação satisfatório, ressaltando mais uma vez a necessidade de um diagnóstico precoce e o papel da escola, que é fundamental para a sociabilidade dessas pessoas (CUNHA, 2009).

quinta-feira, 16 de abril de 2020

RECURSO: FORMAS GEOMÉTRICAS

Mais uma sugestão de material estruturado. Material confeccionado com papel criativo, contact e velcro.



quarta-feira, 15 de abril de 2020

A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA PERSPECTIVA DE MARIA MONTESSORI

      Maria Montessori, médica italiana, nascida em 1870, estudava o comportamento de crianças deficientes. Ao observar essas crianças, brincando com pedaços de pão por falta de brinquedo, percebeu que havia nelas o desejo e a necessidade de brincar.

      A partir daí, Montessori passou a se dedicar a questões educativas e pedagógicas, pois acreditava na importância da utilização de jogos em sala de aula como forma de estimular habilidades. Para ela, em todos os espaços, era importante possuir jogos voltados para a estimulação cognitiva e motora das crianças.

      Sua grande contribuição para a Educação Infantil foi em relação à variedade de materiais e jogos educativos. Criou o Material Dourado, que se baseia nas regras do sistema de numeração, e elaborou jogos sensoriais destinados a estimular todos os sentidos.

      Sua pedagogia produz uma série de cinco grupos de materiais didáticos: exercícios para a vida cotidiana, material sensorial, de linguagem, de matemática e de ciências.

      Dessa forma, o trabalho de Maria Montessori, foi de grande valia para a educação, não só no passado como também nos dias atuais.


“A brincadeira é o trabalho da criança”.
                                                                          Maria Montessori


Referências Bibliográficas

Röhrs, Hermann – Maria Montessori (Coleção Educadores MEC)
www.pedagogia.com
www.escolamontessori.com
www.larmontessori.com

terça-feira, 14 de abril de 2020

RECURSO: PAREAMENTO DE CORES

Recurso pedagógico para trabalhar cores e coordenação motora. A criança irá colocar as tampinhas nos respectivos lugares de acordo com a cor. Para trabalhar a coordenação motora, a criança deverá realizar a atividade da mesma maneira, porém deve pegar as tampinhas com um prendedor de roupa e não com os dedos.


segunda-feira, 13 de abril de 2020

RECURSO: FORMAÇÃO SILÁBICA

Os recursos pedagógicos são ótimas ferramentas para estimular a aprendizagem. Quando se trabalha com materiais concretos, o professor amplia as possibilidades de exploração por parte do aluno. Dentre eles, o material estruturado é um excelente facilitador no processo de aprendizagem, principalmente em alunos com TEA e  dificuldades de aprendizagem.
Abaixo um modelo de material estruturado para uso na sala de recursos ou no consultório psicopedagógico:



Material confeccionado por Ariane Elias.

EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE: Desde os povos primitivos até os dias pessoais.

BREVE TRAJETÓRIA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
Não é de hoje que existe o preconceito para com as pessoas deficientes, a história nos revela que desde os primórdios da existência humana essas pessoas eram tratadas de diferentes maneiras de acordo com a cultura e a região. 
Analisando diversos povos e culturas do passado de várias regiões do planeta, podemos perceber que as pessoas portadoras de deficiência eram vistas de diferentes modos. Em alguns lugares eram vistas como pessoas possuídas por espíritos malignos (ex. Tribo Salvia, Tribo Saulteox). Alguns dos povos primitivos não se preocupavam com as pessoas com defeitos físicos ou mentais, muitas vezes tinham atitudes discriminatórias como abandono, segregação ou destruição (ex. Tribo Chiricoa, Tribo de Bali, Tribo Seriono). A maioria dos povos primitivos apontava o extermínio como à solução para o problema das crianças e adultos com defeitos físicos ou problemas intelectuais mentais (ex. Tribo Ajore, Tribo Dieri, Tribo Masaí, Tribo Navajo). Já em determinadas regiões as pessoas com deficiência eram respeitadas e chegavam a fazer parte de cargos de grande responsabilidade para a época, esses povos primitivos tinham atitude de apoio, aceitação e tolerância para com essas pessoas com algum tipo de deficiência física ou mental (ex. Nativos AONA, Tribo Azande, Tribo Ashanti, Egito Antigo). 
Depois de uma longa trajetória, criaram-se as leis que garantem o direito de viver das pessoas com deficiência, mas o preconceito e a discriminação ainda prevalecem, e ainda é bastante praticada nos dias atuais. 


  1. DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 
Pode-se dizer que atualmente a educação inclusiva é considerada uma “evolução da sociedade” devido ao fato de que as deficiências estão sendo aceitas pela sociedade em geral. Foi uma longa trajetória desde os povos antigos, com suas culturas que iam desde o abandono ao extermínio até os dias de hoje, os quais possuem leis que garantem direitos a essas pessoas. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos destaca: 
Artigo 1° - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. 
Artigo 2° - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição. 
Artigo 3° - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. 
Sendo assim, esses direitos são válidos para todas as pessoas, independente de sua condição. 
No que dizem respeito à educação, os direitos das pessoas deficientes são resguardados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que declara no Capítulo V, da Educação Especial: 
Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.  
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. 
Art. 59.  Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação:  
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; 
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; 
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; 
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; 
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. 

  1. EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE 
A sociedade passou por muitos avanços, tanto político e socioeconômico como tecnológico e científico. E devido a esses avanços, a sociedade se tornou mais exigente no que diz respeito à educação inclusiva. 
No passado, não muito distante, as pessoas deficientes eram consideradas incapazes, e com os progressos da ciência e da tecnologia abriram-se um leque de possibilidades. Atualmente existem (Talvez não na proporção que deveria) as tecnologias assistivas, o atendimento educacional especializado, que vem a complementar o ensino realizado nas salas de inclusão do ensino regular e as salas de recursos multifuncionais. 
Tudo isso prova que a sociedade em geral evoluiu seu pensamento a respeito das pessoas com deficiência, mas ainda resta um longo caminho para que uma educação com excelência seja oferecida para estas crianças. 
 É dever de todos contribuírem para que os direitos de todo ser humano sejam resguardados, independente da sua condição, começando pela aceitação delas como são e quebrando as barreiras causadas pelo preconceito e discriminação. 


REFERÊNCIAS 
Material teórico referente ao curso ”História da educação especial” (Instituto Itard). 

.LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996 (LDB). 
Declaração Universal dos Direitos Humanos. 







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 Olá pessoal!! Ando meio sumida né? Desculpem, aconteceram muitas coisas por aqui e precisei dar um tempo. Em breve estarei migrando este bl...